Psicóloga Lilian Reis

Você já confundiu dor com amor?

Você já confundiu dor com amor?

Amor e dor podem parecer sentimentos opostos, mas muitas vezes, na complexidade das emoções humanas, eles acabam se entrelaçando. Quem nunca sentiu aquele frio na barriga, a angústia quando a pessoa amada some, ou a sensação de que, sem ela, nada faz sentido? Isso pode parecer paixão, mas, em alguns casos, é uma ferida emocional gritando por atenção.

Você já confundiu dor com amor

Quando a dor é confundida com amor

Emocionalmente, somos moldados pelas experiências que vivemos, e muitas dessas experiências estão ligadas a traumas, rejeições ou abandonos que sofremos ao longo da vida. Quando alguém desperta essas feridas profundas, o apego que se forma pode ser interpretado como amor. No entanto, o que você está sentindo pode não ser amor verdadeiro, mas sim uma obsessão alimentada pelo desejo de aliviar a dor emocional.

Esse tipo de relação pode levar a um ciclo de sofrimento. Você não está realmente apaixonado pela pessoa; está usando a conexão com ela como uma forma de preencher o vazio deixado pelas feridas do passado. É um mecanismo inconsciente, mas que afeta profundamente a maneira como nos relacionamos.

Os sinais de que pode não ser amor

Como identificar se o que você sente é amor ou apenas uma manifestação de sua dor emocional? Aqui estão alguns sinais para refletir:

  • Angústia constante: Sentir-se constantemente preocupado ou ansioso em relação à outra pessoa.
  • Medo extremo de perder: Ter um medo irracional de ser abandonado, que ultrapassa os limites normais de uma relação saudável.
  • Dependência emocional: Sentir que sua felicidade e bem-estar dependem completamente da presença da outra pessoa.
  • Falta de reciprocidade: Perceber que seus esforços para a relação são motivados pelo medo de perder e não pelo prazer genuíno de estar junto.

Essas situações indicam que, talvez, o amor que você acredita sentir seja, na verdade, um reflexo da sua necessidade de aliviar uma dor emocional latente.

Por que isso acontece?

A resposta está nas feridas emocionais que carregamos desde a infância. Rejeição, abandono, críticas constantes e até mesmo falta de afeto podem gerar crenças limitantes sobre nosso valor e capacidade de ser amado. Quando encontramos alguém que desperta essas feridas, nossa tendência é confundir o alívio temporário dessa dor com um sentimento de amor profundo.

Como transformar essa dor em amor próprio?

O primeiro passo para se libertar desse ciclo é reconhecer que o problema não está no outro, mas em você. Em vez de buscar no outro a cura, olhe para dentro de si mesmo. Isso pode ser desafiador, mas é também incrivelmente libertador.

  • Auto-observação: Reconheça seus padrões de comportamento e identifique as situações que despertam suas inseguranças emocionais.
  • Terapia: Trabalhar com um profissional qualificado, como a psicóloga Lilian Reis, pode ajudar a explorar e curar essas feridas emocionais.
  • Autocompaixão: Seja gentil consigo mesmo e entenda que o processo de cura emocional leva tempo e paciência.
  • Fortaleça sua autoestima: Invista em atividades que promovam autoconfiança e independência emocional.

Libertando-se para amar de verdade

Quando você transforma a dor em aprendizado e se reconecta com sua essência, o amor verdadeiro se torna uma possibilidade real. Esse amor começa dentro de você, em como você se vê e se valoriza, e só depois se reflete nas suas relações com os outros.

Se você sente que essa história é sua, lembre-se: é hora de se libertar. Permita-se curar suas feridas e redescobrir o verdadeiro significado do amor, aquele que traz paz, felicidade e reciprocidade.

Psicóloga Lilian Reis

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